Carlos Vitolo
Assessor de imprensa do Sindasp-SP
Faria de Sá disse ainda que, na verdade, “a Polícia Penal já existe, é só dar poder de polícia para aqueles que hoje trabalham como agentes penitenciários”, declarou.
Policiais militares encontraram mais seis corpos de detentos mortos no Presídio de São Luís, localizado no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão. As vítimas foram encontradas na tarde desta terça-feira (9), durante a vistoria realizada após o fim de uma rebelião que durou 27 horas.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do estado, o total de mortos durante o motim chega a 15 detentos. Todos foram mortos por outros presos de facções rivais. Cinco agentes penitenciários que eram mantidos reféns foram libertados e passam bem.
Além dos corpos, os policiais militares encontraram três armas.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de São Luís.
Os presos iniciaram a rebelião na manhã de segunda-feira (8). Eles reclamavam da diretoria do presídio e pediam mais agilidade no julgamento de alguns processos.
Outra rebelião no mesmo complexo
Uma segunda rebelião, também na manhã desta terça-feira, ocorreu em outro presídio dentro do mesmo Complexo Penitenciário. Três presos foram mortos, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública. Neste motim, não foram feitos reféns. A rebelião teria sido desencadeada em consequência da primeira, no Presídio de São Luís.
O preso que tiver condições financeiras poderá ser obrigado a ressarcir o Estado pelas despesas decorrentes de sua permanência em estabelecimento prisional. É o que prevê o Projeto de Lei 6774/10, do deputado Francisco Rossi (PMDB-SP), que determina ainda que esse dinheiro seja usado na manutenção e melhoria dos presídios. A proposta modifica a Lei de Execução Penal (Lei 7.210/84).
O texto não especifica a renda mínima necessária para que o detento seja obrigado a cumprir a norma. Conforme o projeto, caberá ao Poder Executivo regulamentar a matéria.
O autor lembra que, apesar de a maioria da população carcerária pertencer às classes mais pobres, há presos com condições de arcar com os danos causados à sociedade e com as despesas que derivam de sua permanência na prisão.
"A prestação de serviços à comunidade, o exercício de atividades profissionais e o ressarcimento das despesas por parte dos condenados são as únicas formas de o Estado reorientar as populações carcerárias", afirma o parlamentar.
Tramitação
Subiu para nove o número de mortos em uma rebelião no Presídio de São Luís, localizado no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, nesta segunda-feira (8), segundo a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão. Os mortos são detentos que foram mortos pelos outros presos.
As negociações com os rebelados foram suspensas e serão retomadas na manhã de terça-feira (9).
O motim teria tido início depois que presos dominaram um agente penitenciário, que foi baleado. O funcionário foi liberado pelos detentos e encaminhado ao hospital.De acordo com a Secretaria, cinco agentes penitenciários são mantidos reféns pelos presos. Mais cedo, o governo havia informado que somente três agentes estavam no local.
Os presos reclamam da diretoria do presídio e pedem mais agilidade no julgamento de alguns processos.
Homens da Tropa de Choque da Polícia Militar vão fazer a segurança do local durante a noite.