quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Atrás das Grades | Guerra de Gangues



O NatGeo entra no mundo obscuro das prisões mais temidas dos Estados Unidos. Atrás das grades mergulha de cabeça no terrível submundo das prisões norte-americanas. As nossas câmeras estão lá, no meio deste campo de batalha da vida real, onde só os mais fortes sobrevivem.

Os Estados Unidos têm a maior população carcerária do mundo. Atualmente, com 25% da população carcerária mundial, trata-se de algo como um país atrás das grades. Mas hoje, esta nação está em crise.

A violência crescente, a superpopulação, a explosão do uso de drogas e a guerra entre gangues fazem parte da vida cotidiana na prisão, uma realidade que piora a cada dia.

A National Geographic penetra no comprometido sistema carcerário dos Estados Unidos para conhecer este mundo de detentos que lutam para sobreviver na prisão, de oficiais responsáveis por controlá-los e protegê-los, e de especialistas que tentam resolver a crise da nação reclusa.

Tucano Alckmin doa armas a governo do Acre

O governador petista do Acre, Tião Viana, soube que o colega tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, fora às compras para reequipar a PM paulista.

Foram adquiridas, entre outros itens, pistolas novas. Tião tocou o telefone para Alckmin. Perguntou-lhe se poderia ceder ao Acre parte das armas antigas.

O tucano aquiesceu prontamente. Doou à gestão do petista 2 mil revólveres, que irão à cintura dos agentes penitenciários acreanos.

A doação de Alckmin proporcionou a Tião o cancelamento de uma despesa estimada em R$ 6 milhões.

Moral: quando a generosidade administrativa prevalece sobre a mesquinhez partidária, lucra o bom senso.

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Escrito por Josias de Souza

domingo, 4 de setembro de 2011

Minas Gerais usará aparelho de raio X em penitenciárias

Máquina já está instalada em cadeia de Contagem e custará R$ 19 mil por mês
Até o início de 2012, outras nove unidades prisionais do Estado contarão com o sistema
A Subsecretaria de Administração Prisional de Minas Gerais usará a partir do dia 10 de setembro o body scan - aparelho que substitui a revista íntima e detecta a presença de objetos metálicos escondidos em qualquer parte ou orifício do corpo. O equipamento já está instalado na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Até o início de 2012, outras nove unidades prisionais do Estado contarão com o sistema. Visitantes, agentes penitenciários e advogados que tiverem acesso ao interior das cadeias serão revistados. O body scan apenas não será usado nas pessoas que estão em tratamento por radioterapia, grávidas ou portadores de marca-passo. O aparelho será alugado por um período de três anos, o que demandará investimento mensal de R$ 19 mil em cada unidade prisional.

O sensor, semelhante ao usado em aeroportos, é uma espécie de cabine. Bastam 40 segundos para o equipamento detectar qualquer tipo de droga ou armas camufladas sob roupas, calçados e interior do corpo humano. Objetos como explosivos plásticos e celulares também podem ser escaneados.

Segundo o secretário de Estado de Defesa Social, Lafayette Andrada, o aparelho de raio X será a principal ferramenta para banir a entrada de armas e drogas nos presídios.

- Essa nova tecnologia faz parte da estratégia de política pública prisional do governo para humanizar o sistema, além de ser um instrumento muito eficaz no combate a possíveis irregularidades.

Até o final deste ano, o body scan será instalado nos presídios Antônio Dutra Ladeira, Inspetor José Martinho Drummond, ambos em Ribeirão das Neves, nas duas unidades de São Joaquim de Bicas; no presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro; e na Penitenciária Francisco Floriano de Paula, em Governador Valadares, no leste do Estado.

Em Juiz de Fora, na Zona da Mata, o equipamento reforçará a segurança das penitenciárias José Edson Cavalieri e Professor Ariosvaldo Campos Pires, além da Penitenciária de Francisco Sá, no Norte de Minas.

Além do body scan, o sistema prisional de Minas Gerais passa a contar, desde quinta-feira (1°), com 55 novas viaturas para o transporte de presos. Cinquenta unidades prisionais de Belo Horizonte e do interior do Estado receberão os veículos. Os automóveis restantes serão encaminhados ao Comando de Operações Especiais e à Superintendência de Segurança prisional, ambos da Subsecretaria de Administração Prisional da Seds. As viaturas foram adquiridas com recursos do governo do Estado, que investiu cerca de R$ 2,4 milhões.

Fonte: R7

A Liga - A Vida Atrás das Grades









A vida atrás das grades

Foto do Filme Carandiru
No primeiro momento, toda a população carcerária evita todo e qualquer contato com pessoas desconhecidas. Insistindo e tentando uma aproximação, conseguimos aos poucos, e com muita paciência, conversar mais de perto com alguns deles.

O sentimento inicial de todos eles é muito parecido. A desconfiança é geral. A partir do momento que se deixam conhecer, verificamos que como qualquer grupo, existem semelhanças e diferenças entre eles.

O que nos deu abertura para uma conversa mais íntima, é a esperança que eles têm de ser ajudados. Quando imaginam que podem tirar algum proveito de nossa conversa, se abrem e falam até mesmo de sua intimidade.
È muito comum o sentimento de injustiça. Todos têm uma boa justificativa para estar ali. Colocam a culpa em outras pessoas, na sociedade, no governo, mas nunca assumem que cometeram algum tipo de crime.

Ressaltam sempre que foram levados a fazer aquilo. Dizem em coro que se tivessem tido oportunidades na vida, hoje não estariam ali. Não se conformam de maneira alguma com a realidade aqui de fora. A vida lá dentro é ruim. Mas ficam mais incomodados com a vida boa que algumas pessoas levam do lado de fora. É contraditório... Ao invés de lutarem por uma vida digna lá dentro, se revoltam pela vida boa que julgam poder levar aqui fora.

Outro sentimento da maioria é a preocupação com a família, apesar de nem todos a terem. Alguns se aproveitam de mães e mulheres para conseguir algum benefício. Mas, a maioria deles sente saudade de alguém... De uma mãe zelosa, de uma mulher apaixonada ou de um filho que não viu crescer. Alguns também têm vergonha. Poucos. Vergonha das mães que até hoje cuidam e defendem seus filhos. Vergonha dos filhos que já cresceram e se espelham neles.

Muitos têm medo da traição. É outro medo geral. Uns sentem medo de serem traídos pelas mulheres. Medo e vergonha de que um outro homem assuma o seu lugar lá fora. Muitos continuam sendo os chefes da família mesmo estando presos. Existe também o medo da traição lá dentro do presídio. Esta é imperdoável! É uma traição que pode lhe custar a vida. Lá dentro se dorme com um olho fechado e o outro aberto. Em determinadas situações a traição é a única saída. Muitos traem para pagar dívidas e salvar sua pele. A traição é uma bola de neve. Ela desencadeia processos de transição de poder.

O poder é algo que todos eles almejam. É muito importante mandar ou estar perto de quem manda. A hierarquia lá dentro é muito respeitada. Não a hierarquia do Estado. A lei que manda lá dentro é muito própria, criada por eles mesmos. Esta lei é muito mais respeitada por eles do que a lei aqui de fora.
Os presos, não têm medo da sanção. Roubam, matam, cometem todo tipo de delito sem medo do castigo. Sonham com a liberdade, mas não têm medo de perdê-la novamente. O arrependimento é um sentimento quase inexistente.

Escrito por: Leticia e Pablo