quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Módulo de segurança máxima começa a ser montado nesta sexta

Publicado por Redação em 01/09/2011

Nesta quinta-feira (01) chega ao sistema penitenciário oito carretas transportando as celas pré-moldadas do Módulo de Segurança Máxima. As celas foram fabricadas na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, e já começam a ser montadas nesta sexta-feira (2), a partir das 8h, ao lado do Presídio Cyridião Durval.

O módulo vai abrir 96 novas vagas no sistema prisional e vai utilizar o que há de mais avançado na construção de presídios. A estrutura, feita em concreto de alto desempenho, impede a comunicação entre as celas. Os controles de água, energia e abertura das portas são individuais.

Os agentes penitenciários farão a vigilância em plataformas aéreas – sem contado direto com os internos. O custo de operação e manutenção é considerado baixo.

O Módulo será construído com verba do Fundo Estadual de Segurança Pública e está orçado em dois milhões e meio de reais.

Se fosse construída pelos métodos tradicionais a obra levaria um ano para ficar pronta, mas será realizada em apenas três meses. Outra vantagem é a economia operacional. O módulo de segurança máxima vai empregar um terço do pessoal necessário para operar um módulo tradicional.

Presos perigosos – O novo módulo vai abrigar líderes de facções criminosas que atuam dentro dos presídios e mantê-los isolados dos demais reeducandos. Segundo o superintendente geral de Administração Penitenciária, tenente-coronel Carlos Luna, agora o sistema penitenciário alagoano terá como lidar com presos de alta periculosidade.

“Poderemos estabelecer um controle mais efetivo sobre a influência das lideranças criminosas sobre os outros presos. Esse módulo garantirá que não haja comunicação entre esses reeducandos,  possibilitando um avanço no combate e neutralização das organizações criminosas”, afirmou Carlos Luna.

Assessoria da SGAP

Juiz defende monitoramento eletrônico como alternativa a presídios

O presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Gabriel Wedy, defendeu há pouco o uso de sistemas de monitoramento eletrônico como alternativa para ressocialização de presos. “O uso de tornozeleiras é um avanço e ajuda a tirar os presos de uma situação crítica no presídio”, afirmou. Segundo o juiz, é preciso garantir que os presos com monitoramento eletrônico não ofereçam risco para a sociedade. “O mecanismo não pode ser usado em todo preso. 

Para que não saia da cadeia e volte a cometer delitos”, alertou. Wedy participa da audiência pública da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado sobre o Projeto de Lei 583/11, do deputado licenciado Pedro Paulo, que obriga a União a monitorar presos por meio de tornozeleiras ou pulseiras com GPS. O equipamento seria usado nos casos de regimes aberto e semiaberto, prisão domiciliar, liberdade condicional, saída temporária do presídio ou quando a pessoa for proibida de frequentar locais específicos. O debate foi sugerido pela deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), que relata o projeto na comissão. A audiência prossegue no Plenário 6.

Fonte: Câmara dos Deputados