sábado, 21 de setembro de 2013

Bruno ameaça agente penitenciário e atrasa sua saída da Nelson Hungria


O goleiro Bruno Fernandes, condenado em março deste ano pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, sofreu mais uma condenação na Justiça de Minas. Nesta terça-feira (17), o juiz da Vara de Execuções Criminais em Contagem, na Grande BH, Wagner de Oliveira Cavalieri, declarou o atleta culpado por ter ameaçado um agente penitenciário e os outros dois detentos na penitenciária Nelson Hungria, no dia 1º abril deste ano.
O conflito teria surgido depois que um grupo de presos teria falado de sua noiva, a dentista Ingrid Calheiros. Por causa da confusão dentro da penitenciária, Bruno ficou sem o direito a banho de sol por 30 dias, sendo proibido também de receber visitas, sair da cela e trabalhar.
A decisão desta terça reconheceu a atitude do goleiro como falta grave e determinou uma nova data para a obtenção da progressão de regime semiaberto. O benefício estava previsto para o 22 de janeiro de 2020. Agora, o atleta terá que esperar até o dia 24 de agosto de 2020. A remição da pena consiste no abatimento dos dias e horas trabalhadas pelo preso, de forma a reduzir o tempo de cumprimento da pena.
Para o advogado do goleiro, Francisco Simim, essa data para a saída do seu cliente está errada.  "Essa punição não está correta. Além disso, ela não irá afetar em nada, sendo que ele já cumpriu essa pena. Isso, porque ele está preso há 3 anos e 2 meses, sendo que desses ele já tem 1 ano e 1 mês de progressão de regime", declara. 
Para decidir qual será a decisão mais rápida a ser tomada, uma reunião entre os advogados de Bruno está marcada para esta quarta-feira, no escritório de Simim.
Entenda o caso
O goleiro Bruno Fernandes, condenado em março deste ano pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, foi acusado em 1º de abril deste ano por agressão verbal a um agente penitenciário e a os outros dois detentos. O caso, segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social, aconteceu durante um desentendimento na lavanderia onde o goleiro trabalha, na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.


Bruno teria ficado nervoso e cometeu as agressões verbais após um grupo de presos ter falado de sua noiva, a dentista Ingrid Calheiros.

Na época, o advogado do goleiro, Francisco Simin, rebateu as acusações, mas admitiu que seu cliente se desentendeu com um preso do mesmo pavilhão que ele, mas em novembro do ano passado. “Um dos detentos disse palavras de baixo calão à mulher do Bruno (Ingrid Calheiros) e ele respondeu ao preso de dentro da cela mesmo. Não houve qualquer agressão física ou problema com agente penitenciário”, frisou.