É claro que a segurança pública é um calo em qualquer governo. Qualquer briga de bar e confusão de vizinhos que acabam em morte são atribuídas à falhas no setor. Mesmo assim, guardadas as devidas proporções, não há como esconder o clima de insegurança vivido no Estado.
Há exatos 22 dias, a Policia Civil não consegue desvendar o seqüestro seguido de morte do jovem Fabrício Costa, de 16 anos. A família do seqüestrado, que tem um tio Policial Civil, reclama de falta de investigação e até de inteligência do sistema de segurança pública. Até hoje não foram dadas respostas as declarações do policial. A Secretaria de Segurança anunciou um contrato milionário com uma empresa privada, para a vigilância das Delegacias. Ato que esquentou os debates na Assembléia Legislativa do Acre (Aleac). A bancada de oposição fala em desmoralização do setor.
O principal argumento do líder do governo na Assembléia Legislativa, o deputado comunista Moisés Diniz, na defesa do contrato efetivado com a empresa Norsegel é a falta de policiais nas ruas.
- Lugar de policial é na rua investigando e protegendo a população, não fazendo proteção de prédios públicos e é isso que estamos garantindo – disse Diniz.
Para oposição, a medida é uma desmoralização da segurança pública do Estado. Na opinião do deputado Calixto (PSL) “qualquer valor pago para vigilância de delegacias é uma desmoralização ao sistema de segurança pública”.
- Quem vai para as ruas é o policiamento ostensivo e não os policiais civis. Essa tarefa é judiciária e empreende serviços muitas vezes dentro das delegacias. O Estado tenta desviar a atenção da opinião pública, com o argumento de que na Policia Federal também tem segurança particular – acrescentou o socialista.
Em resposta as declarações do deputado governista Walter Prado (PSB), que esclareceu ser o contrato de R$ 92 mil e de vigência de 60 meses, Calixto pediu a demissão do gerente dos atos oficiais do Governo que segundo ele, “está publicando gato por lebre”.
- Se todos nós estivermos errados, vamos pedir a demissão do gerente que está falsificando o teor dos contratos – voltou a comentar Calixto.
Um requerimento solicitando maiores explicações da Secretaria de Segurança Pública foi aprovado por unanimidade pelos deputados. Moisés Diniz assegurou que o governo não tem o que esconder.
Diferentemente daquilo que acontece nos grandes centros, não há registros de ações inusitadas de assalto ou ataques as delegacias do Estado do Acre.
Jairo Carioca – Da Redação de ac24horas
Comentário:
O que é isso?! Agora a polícia civil irá ter sua segurança feita por empresa particular?! Daqui há pouco os seguranças dessas empresas irão fazer patrulhamento ostensivo pra Pm!! Quanta vergonha pros políciais civis, tendo sua segunça feita por empresas de segurança particular. Por que não coloca essa empresa pra cuidar das escolas, onde muitas vezes os traficantes fazem dela um ponto de venda de drogas?! ou em outros locais publicos? Mas na delegacia??!! Vergonha, vergonha....