Na manhã desta quarta-feira, 08, mais uma mulher foi flagrada por agentes penitenciários tentando entrar o Presídio durante a visita intima dos presos levando droga escondida nas pares intimas (vagina).
A prisão de Elizamar Gomes da Silva, 26 anos, mãe de duas crianças aconteceu durante a revista pessoal para entrada no Presídio masculino quando a mulher tentava visitar o marido detento Paulo Henrique da Silva, condenado por tráfico de drogas.
Elizamar foi flagrada tentando entrar com um tablete de maconha envolvido em um preservativo masculino (camisinha) introduzido na vagina. Flagrada a mulher foi presa encaminhada a Delegacia Central de Flagrantes – DEFLA da 5ª Regional, onde foi indiciada por tráfico de entorpecentes e transferida para o Presídio onde deu entrada na condição de presa e não mais de visitante.
Na delegacia Elizamar optou por permanecer em silêncio e não quis revelar detalhes de quem teria encomendado a droga, mas a Polícia suspeita de que ela foi encorajada pelo marido e que a maconha seria entregue a Paulo Henrique.
O percentual de mulheres presas por tráfico de drogas no Acre supera em 50 por cento os de homens.
O percentual de mulheres presas por tráfico de drogas no Acre é o dobro em relação ao de homens presos pelo mesmo crime, segundo dados da do Instituto de Administração Penitenciária do estado do Acre – IAPEN.
De acordo com a IAPEN, a população carcerária feminina gira em torno de 230 mulheres presas em todo o Estado, 160 cumprem pena nas unidades prisionais por tráfico de drogas, o equivalente a 70% do total de prisões.
Em relação aos homens, esse índice chega a metade, 35% de um total de 3.500 presos, cerca de 1.225 detentos.
Estudos revelam que a atuação de mulheres no tráfico de drogas é um ‘fenômeno’ que cresce em no Brasil. Já foi constatado que quando os homens são presos, as mulheres da família acabam assumindo o ‘comando’ do negócio criminoso.
Algumas são presas posteriormente e essa participação acaba refletindo também no número elevado de condenações entre as mulheres, além de mulheres a exemplo de Elizamar Gomes, que supostamente atendendo ao apelo ou aliciamento do marido findam presas ao tentar entrar em unidades prisionais levando droga para o companheiro preso
Mulheres pobres e apaixonadas são maioria
A incidência maior de flagrantes acontece principalmente entre as mulheres de classe média baixa que residem nos bairros periféricos, que tem ou não parentes presos. Em alguns casos, a mulher conhece começa um relacionamento durante visitas a parentes no Presídio e se envolve com um “colega” de cela do irmão, pai preso é aliciada a entrar no submundo do tráfico.
Em alguns casos isso ocorre por medo de represálias, ameaças e em outros como um “prova” de amor ao companheiro, que utilizar de diversos argumentos para convencer a mulher a levar a droga para dentro do Presídio, afirmando em alguns casos que estar sendo ameaçado por “lideres” dos pavilhões, ou que contraiu dívida dentro do Presídio e a única forma de quitar a dívida é com droga.
Elas atuam mais como cúmplices dos parceiros e maridos, mas quando são presas, sempre negam que atuam no tráfico junto com eles, ou permanecem em silêncio temendo comprometer o companheiro.
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