Além de se infiltrar na Polícia Civil, sargento fez concurso para agente penitenciário
Após conseguir entrar para a Polícia Militar do Rio de Janeiro e se infiltrar na Polícia Civil como adido na Dcod (Delegacia de Combate às Drogas), um dos presos na operação Guihotina, o terceiro-sargento da PM Carlos Eduardo Nepocumeno Santos, o Cadu, primo do traficante Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, pretendia seguir carreira como agente penitenciário federal.
Cadu fez concurso para o cargo em 2009 mas acabou reprovado no exame psicológico. Policiais investigam se ele tentou a vaga para obter informações privilegiadas do sistema para o primo, que na época estava preso na penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná. Outra possibilidade seria atuar como pombo-correio de Marcinho VP, repassando suas ordens para os cúmplices soltos.
VP está atualmente no presídio federal de Porto Velho (Rondônia). Ele é o chefe da principal facção criminosa fluminense e foi denunciado como o mandante da onda de ataques ocorrida no Rio de Janeiro na última semana de novembro quando centenas veículos foram incendiados. Na época, ele utilizou advogados para transmitir as ordens para os traficantes.
Apesar de trabalhar na Civil como adido - quando um PM é cedido para trabalhar numa delegacia -, Cadu também tentou se tornar funcionário efetivo da instituição. Ele fez concurso para papiloscopista mas também não conseguiu aprovação.
Por ser parente de Marcinho VP, o sargento desfruta de grande prestígio dentro da facção criminosa. Policiais disseram que, se ele não tivesse ingressado na corporação, poderia ter se tornado chefe de alguma favela dominada pelo grupo.
O relatório da Polícia Federal indica que Cadu poderia fazer jogo duplo. O documento indica que ele colaborou com colegas para a apropriação de bens apreendidos de traficantes do Alemão ao fornecer informações privilegiadas sobre o local onde os policiais poderiam encontrar materiais. Agentes suspeitam que ele possa ter ficado com algumas armas e drogas e devolvido para os criminosos.
Cadu, de acordo com a PF, ainda é suspeito de agiotagem. Segundo relatório, ele mantinha uma conta bancária somente para movimentar o dinheiro obtido nesta modalidade de crime.
Deflagrada na última sexta-feira (11), a operação Guilhotina resultou na prisão de 38 pessoas, sendo 30 policiais (20 militares e dez civis). As investigações indicam a ligação dos agentes com a venda de armas para traficantes, apropriação indébita de bens apreendidos durante operações policiais, vazamento de informações sobre incursões em favelas, além de participação em milícias e segurança de casas de prostituição e de bingos.
Mario Hugo Monken, do R7
Cadu fez concurso para o cargo em 2009 mas acabou reprovado no exame psicológico. Policiais investigam se ele tentou a vaga para obter informações privilegiadas do sistema para o primo, que na época estava preso na penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná. Outra possibilidade seria atuar como pombo-correio de Marcinho VP, repassando suas ordens para os cúmplices soltos.
VP está atualmente no presídio federal de Porto Velho (Rondônia). Ele é o chefe da principal facção criminosa fluminense e foi denunciado como o mandante da onda de ataques ocorrida no Rio de Janeiro na última semana de novembro quando centenas veículos foram incendiados. Na época, ele utilizou advogados para transmitir as ordens para os traficantes.
Apesar de trabalhar na Civil como adido - quando um PM é cedido para trabalhar numa delegacia -, Cadu também tentou se tornar funcionário efetivo da instituição. Ele fez concurso para papiloscopista mas também não conseguiu aprovação.
Por ser parente de Marcinho VP, o sargento desfruta de grande prestígio dentro da facção criminosa. Policiais disseram que, se ele não tivesse ingressado na corporação, poderia ter se tornado chefe de alguma favela dominada pelo grupo.
O relatório da Polícia Federal indica que Cadu poderia fazer jogo duplo. O documento indica que ele colaborou com colegas para a apropriação de bens apreendidos de traficantes do Alemão ao fornecer informações privilegiadas sobre o local onde os policiais poderiam encontrar materiais. Agentes suspeitam que ele possa ter ficado com algumas armas e drogas e devolvido para os criminosos.
Cadu, de acordo com a PF, ainda é suspeito de agiotagem. Segundo relatório, ele mantinha uma conta bancária somente para movimentar o dinheiro obtido nesta modalidade de crime.
Deflagrada na última sexta-feira (11), a operação Guilhotina resultou na prisão de 38 pessoas, sendo 30 policiais (20 militares e dez civis). As investigações indicam a ligação dos agentes com a venda de armas para traficantes, apropriação indébita de bens apreendidos durante operações policiais, vazamento de informações sobre incursões em favelas, além de participação em milícias e segurança de casas de prostituição e de bingos.
Mario Hugo Monken, do R7
Operação Guilhotina foi comandada pela Polícia Federal e prendeu 30 policiais
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