sexta-feira, 22 de julho de 2011

Juiz permite filmar execução de americano que matou pais e irmã

Pedido de filmagem foi feito por outro presidiário condenado à morte que queria expor suposta crueldade da execução.

Um juiz do Estado norte-americano da Geórgia permitiu que a execução de um assassino condenado à morte fosse filmada a pedido de Gregory Walker, um outro presidiário condenado à morte.
Andrew DeYoung, condenado por ter assassinado a facadas seus pais e sua irmã, foi executado por meio de injeção letal na quinta-feira à noite.

Advogados de Gregory Walker afirmaram que filmar a execução de DeYoung iria expor como o coquetel letal usado durante as execuções causa sofrimento desnecessário.

Elas afirmam que a a substância química pentobarbital, que faz parte do coquetel e é utilizada como sedativo e como o primeiro passo no ritual de execução, não é capaz de sedar adequadamente o condenado à morte e que, por isso, ele acaba sentindo dor e sofrendo.

Na execução, o condenado à morte recebe ainda uma segunda injeção, com uma substância que provoca a paralisação do corpo, e em seguida uma última, que leva à interrupção dos batimentos cardíacos.

Crime
De Young, de 37 anos, foi condenado em 1993 por ter esfaqueado seguidamente sua mãe, que dormia no quarto de cima de sua casa. Em seguida, ele fez o mesmo com seu pai e com sua irmã de 14 anos. Seu irmão conseguiu fugir para a casa de um vizinho e pedir ajuda.

Na segunda-feira, um juiz da Geórgia decidiu que a execução de De Young poderia ser filmada. Foi a primeira vez que isso aconteceu no Estado.

Mas, promotores haviam se oposto à filmagem, argumentando que o vídeo poderia começar a ser distribuído clandestinamente.

Segundo o correspondente da BBC em Los Angeles, Peter Bowes, a única outra filmagem de uma execução nos Estados Unidos ocorreu no Estado da Califórnia, em 1992. A gravação visava questionar a utilização da câmara de gás como método de execução. O método depois foi abolido pela Califórnia.

Sedativo
Gregory Walker entrou com uma liminar contra a sua própria sentença de morte, argumentando que a injeção letal promovida na Geórgia causa dor e sofrimentos dispensáveis.

Ele foi condenado à morte em 2005 pelo assassinato de uma camareira de hotel de 23 anos que havia roubado drogas e dinheiro dele, enquanto ele dormia em um quarto de hotel.

Vários Estados estão se valendo da substância química pentobarbital nas execuções de prisioneiros devido à escassez de outro sedativo cuja produção está em via de ser interrompida.

Pelo menos 18 condenados à morte em 8 Estados americanos foram executados neste ano utilizando pentobarbital como sedativo.
Fonte: G1

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