SÃO PAULO - Três homens foram detidos nesta quinta-feira ao tentarem entrar com equipamentos eletrônicos e ferramentas na Penitenciária 2 de Potim, a 177 km de São Paulo. Eles trabalhavam em uma empresa que fornecia hortaliças para as duas unidades prisionais da cidade.
A quantidade de aparelhos eletrônicos e ferramentas apreendidas surpreende: 13 celulares, 11 carregadores, 15 fones de ouvido, seis brocas de furadeira e oito serras. Além de chips de celulares, bateria e cartão de memória. Todo o material estava dentro do caminhão que transportava legumes e verduras para dentro dos presídios de Potim.
O caminhão passou primeiro pela Penitenciária 2 de Potim. Na hora de descarregar a mercadoria, uma caixa caiu e foram encontradas quatro brocas. Depois disso, todas as outras caixas passaram por aparelhos de raio-x.
Três funcionários da empresa de São José dos Campos, que fornece os alimentos às penitenciárias, foram ouvidos pela polícia. Segundo o delegado que investiga o caso, eles vão responder em liberdade pelo crime de entrar com equipamentos de comunicação dentro de unidades prisionais. A pena pode variar de três meses a um ano de prisão.
Em agosto de 2009 foi acrescentado o artigo 349 no Código Penal brasileiro, que define como crime entrar com aparelhos de comunicação em presídios. A Secretaria de Segurança Pública informou que todo material que entra na penitenciária deveria passar pelo aparelho de raio-x.
De acordo com o proprietário da empresa responsável pela entrega, Antonio Carlos de Souza, há cerca de cinco anos a empresa fornece hortifruti para as penitenciárias do Vale do Paraíba e há mais de 20 anos atua no mercado de São José dos Campos. Ainda segundo Souza, a empresa ajudará nas investigações e vai tomar medidas para evitar que fatos como esse se repitam.
Sobre os entregadores, Souza afirmou que são idôneos e não acredita que tenham participação no crime.
Fonte: O Globo
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